quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Aleluia... aleuia... frangas para toda a gente!!!

Eram estas as palavras de exaltação e de ordem, em toda a aldeia.  O motivo desta alegria, era a chegada a terra do mais recente emigrante, o Eng. Xico Asterisco. Para quem não se lembra, este era o sócio maioritário da única casa de Alterne  da aldeia situada, por traz da garagem do Paulinho.  O motivo desta vinda repentina para a aldeia era a reabertura da Casa de Alterne, a Casa das Frangas. 

Sim, a sua reabertura, depois de a Casa ter sido alvo, de inúmeros processos levado a cabo pelas mulheres das aldeias vizinhas, onde afirmavam que os seus maridos passavam mais tempo dentro da casa das outras do que na própria. Pelo menos estas eram as notícias que saiam na comunicação social, mas com base em fontes próximas que pudemos apurar o motivo de força maior era outro. A idade de reforma do ZéManel, o mítico 69. Pois é o 69, pediu a reforma, com os seus 77 anos. Apesar de idade avançada, dizia já estar farto da sueca, preferia agora jogar dominó, na praça de aldeia com os seus companheiros. Como se devem lembrar esta era a grande aposta da Casa das Frangas, no decorrer do ano de 2009. Para os torneios regionais de Sueca, em Casas de Alterne da região. Levando assim a Casa a perder imensa clientela, pois escusavam de pagar para ver o 69, para isso bastava ir a praça. Onde este já mostrava uma evolução imensa no mover da peça do dominó, apesar já de terna idade.

Do que se pode apurar junto Engenheiro, a vontade era enorme de fazer as pazes com o 69, esquecendo assim os problemas que este trouxe para a Casa. Desta vez o engenheiro não vinha sozinho, trazia consigo um jovem rapaz,Oriundo destes novos países de leste, o jovem, Bran, que traz consigo um sonho de ser o melhor na arte dos grelhadores. Ser exímio na arte de grelhar frangas.

A noite já ia longa, quando as luzes do coreto se acendiam pela segunda vez este ano. O ambiente era de festa, as máquinas de finos, não paravam de escorrer. As bailarinas checas, eram a supresa do Engenheiro para a aldeia. Os grelhadores que haviam sido confiscados, não paravam , de assar, com a mestria de Bran, esse emigrante da Moldávia, que já era tratado como filho da aldeia. Que foi encontrado ao final na noite, no reboliço com as duas bailarinas checas, por debaixo do coreto, todo coberto de óleo de fritar. A noite havia sido longa para este jovem.

Outro momento alto da noite, foi o reencontro de dois velhos amigos, onde juntos reviveram velhos tempos, como as aventuras passadas em espanha. Onde as noites de verão se transformavam em dias, mas para 69, esses tempos eram de ouro. Quem sabe quantos filhos ilegítimos, existirão por esse mundo fora.

A noite não poderia terminar, sem o discurso do engenheiro, de onde se frisam as seguintes palavras: "Se eu podia viver sem a Z** podia... mas não era a mesma coisa..."




Sem comentários:

Enviar um comentário